Aprendendo

Tudo na vida podemos mudar, menos o fato de que teremos de lidar com seres humanos para sempre. Alguns até tentam se relacionar com animais de estimação do que com seres humanos por acreditar que as coisas serão mais fáceis, porém, no meio do caminho, concluímos que isto não é a solução, por mais que este seja o desejo.

Muitas pessoas tem a capacidade natural de nos tirar do eixo, agem de maneiras que estimulam nosso descontrole de tal forma que o som da voz, o cheiro ou somente a lembrança são suficientes para alterar nosso humor. Eu passo por isso com frequência e, no fim das contas, cheguei à conclusão que elas não estão erradas.

Na verdade o problema sou eu. Minha incapacidade muitas vezes me isola do mundo particular, no qual só suporto a mim mesmo. As pessoas não têm obrigação de me agradar ou de fazer o que acho correto. Como diz a mùsica: "Ado, ado, ado, cada um no seu quadrado."

Isso não quer dizer que tenho de aguentar no osso sacanegens de gente maldosa. Se entrarem numas de faltar com o respeito, temos de ter maturidade para pôr as coisas no eixo. Entretanto, quem não consegue se comunicar, conectar-se ou suportar a diversidade humana com suas qualidades e seus defeitos vai ficar no banco de reservas.

Não podemos ser cascas de ovo, que por qualquer coisa, já fica de beicinho e quer parar de brincar. Às vezes, disfarçamos nosso medo de enfrentar a vida com manias bestas, mas na verdade, temos medo de não saber lidar com o descontentamento e a frustação. Não podemos esquecer que eles também fazem parte da vida, como a felicidade e amor.

Temos que, cada vez mais, desenvolver a habilidade de entrar e sair dos perrengues que nos cercam sem cicatrizes. Sejamos como a água, que tem força para destruir uma cidade e leveza para fazer crescer uma rosa. (...)

Eu entendi isso.

E agora estou pronto para encarar a vida.